Revista Esquerda já chegou às bancas (e aos ecrãs)
A revista anual “Esquerda” chegou esta semana às bancas que se mantêm abertas ao público. Dada a situação atual e os conselhos das autoridades de saúde para que a população se mantenha em casa, o Bloco decidiu disponibilizar no esquerda.net toda a revista em formato pdf (descarregar aqui).
Nas 128 páginas desta segunda edição, o destaque vai para o combate pela justiça climática, com artigos de João Camargo e Michael Löwy sobre a revolução necessária, Heitor de Sousa sobre a proposta dos transportes públicos gratuitos, Ricardo Vicente sobre políticas públicas para a floresta, Nelson Peralta sobre a transição dos empregos para o clima, Francisco Louçã sobre o debate entre economistas ou Paulo Portugal sobre as alterações climáticas no cinema. Sofia Oliveira mostra-nos o mapa das resistências dos movimentos ambientalistas e Paula Sequeiros entrevista a académica ecofeminista boliviana Elizabeth Peredo.
O direito à memória e à informação também ocupa um espaço considerável na revista, com artigos de Diana Andringa sobre a desinformação e crise dos media, Luís Monteiro sobre o papel dos museus, Mariana Carneiro e Bruno Góis sobre a guerra colonial e o debate atual em torno do colonialismo. As efemérides do centenário de “A Batalha” e dos 150 anos do nascimento de Lenine são assinaladas com artigos de Álvaro Arranja e Daniel Bensaïd, respetivamente.
Na atualidade internacional, Luís Leiria faz o balanço do primeiro aniversário da revolta que encheu as ruas da Argélia até ao início desta pandemia. E numa altura em que a prioridade é proteger a população idosa, o investigador Gustavo Sugahara discute a revolução da longevidade e a necessidade de combater o idadismo e a precarização da velhice.
Tal como na primeira edição, a revista inclui uma fotogaleria, desta vez com o olhar de Paulete Matos junto dos imigrantes no Alentejo e das suas precárias condições de trabalho e habitabilidade, acompanhada pelo texto do dirigente da delegação do Alentejo da Solidariedade Imigrante, Alberto Matos.
A edição de 2020 da “Esquerda” dedica também espaço à cultura, com os escritores Afonso Reis Cabral e Ana Bárbara Pedrosa a discutirem o papel da literatura na sociedade e uma entrevista ao ator e encenador Mário Moutinho, que recorda os tempos da explosão criativa do período pós-revolucionário no panorama do teatro no Porto. A revista conta ainda com um poema de Pedro Craveiro, um excerto de um romance de Luísa Costa Gomes e um conto de José Luís Peixoto, para além das sugestões literárias de Marco Marques e Sara Azul.
Parecendo já distantes, na vertigem dos acontecimentos das últimas semanas e com os sinais de crise global, o debate do Orçamento do Estado em clima de pós-geringonça e as manobras de Macron para uma “quarta via” são analisados por Luís Fazenda e José Gusmão. Fabian Figueiredo e Joana Louçã propõem a caracterização dos novos partidos da direita portuguesa. Vitor Franco escreve sobre o sindicalismo atual e movimentos sociais.
Ao longo das próximas semanas, o esquerda.net irá publicar uma seleção de artigos da revista que pode ler, na íntegra, desde já no seu ecrã, ou adquirir em papel. A “Esquerda” em banca custa 4 euros, e pode ser encomendada pelo mesmo preço para envio postal.
Para encomendar a revista em papel, o processo é simples:
1. Envie-nos um email para o endereço bloco.esquerda@bloco.org(link sends e-mail) com a quantidade de revistas que pretende encomendar, bem como o nome, morada de envio e de faturação (caso sejam diferentes), o código postal e o seu Número de Identificação Fiscal (obrigatório).
2. Receberá em resposta uma referência Multibanco para fazer o pagamento numa caixa automática ou através de homebanking.
3. Após efetuado o pagamento, a revista é enviada para a sua morada.