Proteção e cuidados para os +60 em debate esta terça à noite

Com a crise pandémica, a população mais velha passou a estar no centro das preocupações políticas, olhada essencialmente em duas dimensões: a de ser considerada, em conjunto, como constituindo um grupo de risco que deve ser protegido, resguardado e ajudado;  e a da vivência nos lares.

Mas ser velho ou velha não é uma realidade homogénea, há grande diversidade de formas de se viver e sentir o envelhecimento e é-se, sempre, um cidadão ou cidadã com direitos plenos de cidadania. Cerca de 150.000 portugueses e portuguesas vivem em estruturas residenciais para idosos, ou seja lares, maioritariamente pertencentes ao setor social e privado. 40% dos óbitos totais por covid-19 são de pessoas que estavam em lares e unidades de cuidados continuados. Já em Maio, foram noticiados 52 surtos de infeção por covid-19 em lares, abrangendo todas as regiões do país.

Quais são os efeitos psicológicos para a população mais velha da pandemia, do confinamento e das limitações à mobilidade e socialização que continuam a existir, como orientação para uns e mais efetivas para outros, no caso dos lares e unidades de cuidados continuados? Que políticas públicas devem ser tomadas para resolver, no imediato, situações resultantes da pandemia tanto do ponto de vista sanitário como para evitar a solidão e isolamento? O que correu mal nos Lares? O que é preciso mudar nestas instituições? Como construir uma resposta pública de prestação de cuidados muito mais diversa e capaz de combater a galopante precarização da velhice?

Para debater estas questões o Bloco junta Júlio Machado Vaz, médico psiquiatra, Maria Isaura Ribeiro diretora do Lar de Monte dos Burgos, e Berta Alves, do Grupo+60 do Bloco em mais uma edição do ciclo de debates Ao Encontro, promovido pelo Esquerda.net.(link is external)

A sessão é transmitida em direto no facebook do Esquerda.net(link is external) a partir das 22h e contará com intérprete de Língua Gestual Portuguesa.