Catarina Martins e Heitor de Sousa reúnem com população da Bajouca contra o furo
Na reunião, além de Catarina Martins e Heitor de Sousa, estiveram presentes vários autarcas eleitos pelo Bloco, os deputados municipais de Pombal (Célia Cavalheiro), Leiria (Manuel Azenha) e Marinha Grande (Nuno Machado) e os membros das assembleias das Uniões de Freguesia de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes (Manuela Pereira) e Marrazes e Barosa (Vítor Tojeira). Reuniram com várias organizações locais e moradores da Bajouca que estão contra a prospecção de hidrocarbonetos na região.
A coordenadora bloquista, em declarações à comunicação social, começou por lembrar que os contratos de concessão para a prospeção de petróleo e gás no nosso país foram feitas pelo governo PSD-CDS, que algumas já caducaram, que a luta das populações e dos ambientalistas contra os furos têm sido grandes, mas algumas concessões mantêm-se, sendo esse o caso da Bajouca.
“É uma exploração que comporta riscos enormes para a população, que não dá nada a ganhar ao nosso país” afirmou Catarina Martins, salientando que “quem vier explorar o gás pode levá-lo para onde quiser e não paga praticamente nada por estar a explorar uma riqueza daqui”.
“É um risco que não leva a ganhar nada é só risco, puro risco, embora seja um grande negócio para a multinacional que tem a concessão”, acrescentou a coordenadora bloquista, lembrando ainda que Portugal é signatário dos acordos de Paris e comprometeu-se a que não sejam exploradas mais de 10% das reservas já existentes de petróleo e gás.
“O nosso compromisso internacional para travar as alterações climáticas é manter os combustíveis fósseis no solo, não fazer mais exploração”, afirmou Catarina Martins, salientando que uma eventual prospeção e exploração levanta um triplo problema.
“Estamos a pedir à população da Bajouca para correr riscos da sua saúde, do seu meio ambiente. Estamos a avançar com um contrato absolutamente ruinoso feito pelo governo anterior, em que o nosso país não ganha nada (…) e estamos a não cumprir com os nossos compromissos internacionais para travar as alterações climáticas. Não tem nenhum sentido”, destacou Catarina Martins.
A coordenadora bloquista lembrou ainda que a população da Bajouca tem-se unido para contestar o furo e voltou a enviar novos documentos ao parlamento para que “esta concessão seja travada, recordou que o Bloco apresentou na Assembleia da República (AR) projetos para travar o furo, que foram chumbados, mas irá propor que a Comissão de Economia e a Comissão de Ambiente possam ouvir os moradores da Bajouca.