2ª Marcha pelos Direitos LGBTQIA+ de Leiria
Apesar das conquistas mais recentes das pessoas e comunidades LGBTQIA+ em Portugal, como a aprovação de quatro projectos de lei que proíbem a discriminação de pessoas Homossexuais ou Bissexuais na dádiva de sangue ou o direito à autodeterminação da Identidade de género e expressão de género e à proteção das características sexuais de cada pessoa, não se podem esquecer os obstáculos à livre existência de pessoas LGBTQIA+ num ano em que Portugal desceu seis lugares (de 4 para 10) no Rainbow Map da ILGA Europa, que classifica os países europeus de acordo com as suas leis e políticas LGBTQIA+.
Apenas em 1982 se conseguiu a descriminalização da homossexualidade em Portugal, hoje a igualdade em função da orientação sexual está consagrada na lei: no acesso ao casamento e à adoção, no direito à autodeterminação de género e no princípio constitucional da igualdade que garante tratamento igual e a proibição da discriminação. A realidade, hoje, é muito diferente da que se vivia na viragem para o século XXI, hoje existem centros de acolhimento LGBTQIA+, existe mais informação, planos de ação para a inclusão, formação para a cidadania e igualdade, uma sociedade mais aberta e inclusiva.
No entanto, com a onda de reação de vários setores políticos mais conservadores que pretendem reverter os processos alcançados por estas lutas, a mobilização e a luta não pode parar.
No caminho para uma sociedade mais livre e inclusiva devem ser criadas políticas públicas que combatam as situações de discriminação que subsistem no dia a dia das pessoas LGBTQIA+, que incluem o bullying homo e transfóbico, e as práticas de conversão sexual proibidas.